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Como Tudo Começou

Congresso do Forcine

O processo de criação do Forcine teve início no 3° Congresso Brasileiro de Cinema (CBC), ocorrido em Porto Alegre, de 28 de junho a 1° de julho do ano de 2000. Naquele momento, ainda não havia uma representação formal do setor de ensino do audiovisual no Brasil. Contudo, um grupo de trabalho – do qual participavam representantes do Centro de Pesquisadores do Cinema brasileiro, ligados primeiramente à SOCINE - dedicou-se especialmente às questões da formação profissional, da pesquisa e da preservação em cinema. Por sua vez, as escolas de cinema foram representadas pela Professora Maria Dora Genis Mourão, da ECA-USP, na época integrante da diretoria da Federação das Escolas Iberoamericanas de Imagem e Som (FEISAL). No documento final do III CBC, porém, foram incluídas algumas deliberações relativas ao ensino e à formação de profissionais do audiovisual.
Como é o caso dos itens 52 e 53, abaixo:

52. Criar um fórum nacional permanente de escolas e centros de formação
profissional como instância institucional de interlocução.
53. Implementar um projeto de mapeamento da demanda potencial e real     dos mercados de trabalho com o objetivo de reorientar o ensino das escolas de cinema e audiovisual. (...)

Em dezembro do ano 2000, o Departamento de Cinema, Televisão e Rádio (CTR) da ECA-USP organizou um seminário para discutir os rumos do ensino de cinema no Brasil, tendo como coordenadora a mesma Professora Maria Dora Mourão. O evento foi denominado Fórum de Ensino de Cinema e contou com representantes de instituições de ensino públicas e privadas, com atuação em programas regulares de formação na área audiovisual, em diferentes regiões do Brasil. O encontro discutiu a situação do ensino dedicado ao cinema e ao vídeo, sua relação com o ensino de televisão e as novas tecnologias e a necessidade de constituir, finalmente, uma entidade para representar o setor de ensino e formação junto ao Congresso Brasileiro de Cinema (CBC).

Deste primeiro encontro, participaram as seguintes instituições: Faculdade de Tecnologia e Ciências (Salvador, BA); Fundação Armando Álvares Penteado (São Paulo, SP); Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (RJ); Universidade Gama Filho (Rio de Janeiro, RJ); Universidade Federal de São Carlos (S. Carlos, SP), Universidade de São Paulo (São Paulo, SP); Instituto Dragão do Mar de Artes e Indústria Audiovisual (Fortaleza, CE); Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS); Universidade de Brasília (DF); Universidade Federal Fluminense (Niterói, RJ); Universidade Estadual de Campinas (Campinas, SP); Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG); Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ) e Faculdades Integradas Hélio Alonso (Rio de Janeiro, RJ). Todas figuram como as Instituições de Ensino Superior (IES) fundadoras do Forcine.

Já ao final daquele seminário, os representantes decidiram pela criação do
Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (Forcine) e elegeram a primeira diretoria: Maria Dora Genis Mourão, como presidente (ECA-USP); Antonio Amaral Serra, vice-presidente (UFF); João Guilherme Barone Reis e Silva, secretário geral (PUC-RS) e Evandro Lemos da Cunha, tesoureiro (UFMG). A missão dessa diretoria foi de organizar juridicamente a entidade, elaborar uma proposta de estatuto e fixar o valor da contribuição financeira de seus associados.

Durante os anos de 2001 e 2002, os estatutos foram discutidos e aprovados entre seus membros e, então, o Forcine tornou-se pessoa jurídica. A diretoria se reuniu em diversas ocasiões - entre Goiânia, Rio de Janeiro e São Paulo – mas somente em novembro de 2001, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, RJ, foi realizada a primeira Assembleia Geral.

A partir de então, através de encontros anuais ou bienais, o Forcine promove a discussão sistemática das grandes questões relativas ao ensino e à formação profissional do audiovisual no Brasil.