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Forcine presente no 1º Encontro de Cinema do Interior Paulista

Entre os dias 13 e 15 de dezembro de 2019, dezenas de cineastas, produtores, artistas e cineclubistas de diversos municípios se reuniram em Rio Claro/SP, recepcionados pelo Coletivo Kino Olho, para discutir uma coordenação de ações que fortaleçam as produções locais e criem um entendimento de unidade entre as cidades do interior do estado. O 1º Encontro de Cinema do Interior Paulista foi aberto com uma apresentação de cada uma das onze cidades ali representadas, que compartilharam as iniciativas já existentes em suas regiões e exibiram alguns trailers e filmes produzidos em seus municípios.

O evento seguiu com rodas de conversa sobre estética e linguagem interiorana, circulação das produções locais, fomento e políticas públicas e apresentação de entidades nacionais e estaduais como o Forcine, a API (Associação de Produtoras Independentes), a APACI (Associação Paulista de Cineastas), a FLIGSP (Fórum do Litoral, Interior e Grande São Paulo), além de projetos regionais como a Mostra de Cinema Amilar Alves, de Campinas/SP, e o Polo Audiovisual do Velho Oeste, da região do Vale do Paranapanema.

O Forcine foi representado por Lilian Solá Santiago, membro da diretoria do Fórum e professora da associada CEUNSP em Salto/SP, que fez um relato do histórico e da atuação recente do Forcine e também falou da importância da participação ativa de estudantes e realizadores do Interior de São Paulo nos Conselhos de Política Cultural Municipais. Estudantes e egressos de diversos cursos superiores de Cinema estiveram presentes, como USP, UFF, UFSCAR, CEUNSP, Anhembi-Morumbi, entre outras, a maioria organizada em coletivos.

As atividades em Rio Claro se estenderam por dois dias no Casarão da Cultura, onde estiveram representados os municípios paulistas de Assis, Bauru, Campinas, Itu, Limeira, Piracicaba, Rio Claro, São Pedro, Salto, São Carlos, Socorro e Sorocaba. “Experimentamos neste encontro uma organização de diversos grupos que atuavam isolados e que agora passam a se articular em diferentes frentes como de produção, exibição, distribuição e políticas públicas. Foi uma encantadora surpresa conhecer todos esses trabalhadores do cinema e partilhar um futuro coletivo para o cinema interiorano”, destaca Priscila Sales, do NPA (Núcleo de Projetos em Audiovisual), divisão do Polo Audiovisual do Velho Oeste.

Um novo território audiovisual

Desde a digitalização da produção audiovisual e principalmente após a implementação de políticas públicas que destinam recursos do estado aos projetos culturais de fora da capital, o número de filmes produzidos no interior vem aumentando consideravelmente, aliado à redução do déficit tecnológico em relação a região metropolitana, cenário que movimenta um número cada vez maior de cineastas estado adentro. Somente em 2019, através do Programa de Ação Cultural (ProAC), o setor movimentou aproximadamente R$ 5 milhões em recursos públicos.

Outro ponto de destaque é o baixo custo de produção e a consequente possibilidade de otimização de recursos dos editais. Facilidade logística, operacional, o baixo custo de vida, a ausência dos custos de produção especulativos de um mercado inflado como o da capital, além da possibilidade de ineditismo estético num território pouco saturado, tornam a produção de filmes no interior cada vez mais viável e atraente. Assista abaixo aos trailers de filmes exibidos e um breve registro do Encontro:


Ressentimento (Denis Augusto e Mariana Vita, 2019) Bauru/SP
Touros (Guilherme Xavier, 2019) Assis/SP
Registro Audiovisual 1º Encontro de Cinema do Interior Paulista