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Mobilização política pela pós-graduação brasileira

Nos meses de junho e julho, como membro Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (SOCICOM), o Forcine participou e foi signatário de manifestações das entidades em favor da pós-graduação brasileira.

Tal movimento ocorre em vista de estudos e comunicados por parte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que visam, dentre outras coisas, a redução substantiva das áreas do conhecimento dos programas de pós-graduação, das atuais 49 áreas de avaliação para nove grandes áreas. Também está em jogo um cenário de ameaças à distribuição de bolsas de pesquisa aos PPG´s que coloca todos os programas, especialmente os menores, com nota de avaliação 3 e 4, em dificuldades para manutenção da oferta aos estudantes.

Sobre a redução de áreas, os três colégios que organizam as mais de 40 áreas atuais divulgaram carta aberta sobre o atual relatório Capes que, segundo o documento, "parece ignorar algumas alterações já implantadas e testadas" e também manifesta a "ausência de debate com a comunidade científica" e uma "profunda preocupação" na recepção do documento.

A respeito da política de distribuição de bolsas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou o documento A Nova Política de Distribuição de Bolsas da CAPES: Onde Estamos e o que Esperamos do Novo Plano. Trata-se de um estudo detalhado sobre o presente cenário de redução de 10% do total de bolsas de pós-graduação, sendo que a maior perda ocorreu nos programas com conceito 3 e 4, com perdas de até 40%. O estudo foi realizado pelos pesquisadores Reinaldo Ramos de Carvalho e Thiago Signorini Gonçalves.

O Forcine reitera seu papel de apoio à luta pelo ensino de pós-graduação e a pesquisa brasileira como essenciais ao desenvolvimento do campo dos estudos em cinema e audiovisual e toda a ciência nacional.